Um Fantástico e Magnifico Conto de Natal

Era dia 23 de Dezembro na Lapónia e ao escritório do Pai Natal chegavam algumas cartas especiais…

… O Pai Natal cansado de tantas cartas, pegava nesse molhe especial que tinha Portugal como remetente.

A primeira vinha de Braga, entre os vários pedidos, sobressaiam alguns:

Leonardo Jardim pedia ao Pai Natal para começar a ganhar jogos sem ter de começar a perder antes. Paulo César pedia uma mala da Louis Vitton, Nuno Gomes mais 5 min por jogo e Quim pedia 2 centrais.

Depois o Pai Natal pegou numa mais a Sul, concretamente vinda do Porto a qual dizia:

“Querido Pai Natal, daqui escreve o Papa. No FóCulPorto precisávamos de 150kg de carne brasileira, 200gr de ouro e 1kg de prata em forma de jóias. O Reinaldo quer uma arca congeladora nova, a dele estoirou por sobrecarga. O Hulk pede uma lata de tinta dourada que a dele acabou, o Helton quer um cavaquinho novo pois partiu o outro na cabeça do Vitinho a seguir ao jogo da taça. O Álvaro, o Fussili, o Fernando, o Christian XupaEuros, o Guarin e o João querem sair daqui para fora. O Kléber quer perceber como foi chamado à selecção do Brasil e o Defour não quer nada porque diz que já tem tudo e está no melhor clube. Ahh já me esquecia o Hulk quer uma bola só para ele!”

Após ler as duas primeiras cartas o Pai Natal começou a pensar como seria possível satisfazer todos estes desejos, mas como já é normal, alguns desejos não são para ser satisfeitos, então continuou a ler as outras cartas. A próxima vinha de Lisboa, de perto do aeroporto. Sim vinha do WC.

“Querido Pai Natal daqui escreve um anormal qualquer da direcção do Sporting. Não sei o meu nome, mas escrevo em nome de todos eles. Primeiro pedia para que mudasses a cor do fato, já não chega o nosso sangue ser vermelho ainda tens de usar um fato vermelho? Depois vê lá se nos arranjas uns árbitros amigos da gente, os nossos jogadores mergulham e os tipos nada, nem um penalty de vez em quando. Depois o Wolfswinkéle e a Pereira enervam-se e começam a pisar uvas. Por falar em uvas, a gente queria uns cestos para o Carriço, o gajo no meio campo parece que anda nas vindimas. Os nossos filhotes da Juveleo querem 5 galões de gasolina, queixam-se que andam com dificuldade para incendiar as cadeiras. Já agora manda 2 extintores, normalmente quem brinca com o fogo queima-se. O Jeffren pede umas pernas novas e o resto da equipa pede para que o Capel levante a cabeça. Já agora tapa-nos o fosso e arranja-nos uma jaula e um leão, se não puder ser um leão, então nem que seja um gato assanhado!”

Por fim o Pai Natal abriu a última das cartas:

“Pai Natal daqui fala o Rederx, um fervoroso Benfiquista. Queria fazer-te alguns pedidos, espero que os concretizes todos. Para mim não preciso de nada, o Benfica dá-me tudo, mas tenho alguns pedidos para os outros. Para o Eusébio traz-lhe muita saúde para que saia do Hospital com mais força que nunca e continue a dar-nos a enorme alegria de o ver sentado na Catedral. Ao Mister JJ dá-lhe uma caixa de 100 pacotes de pastilhas elásticas tridente. Para o Rui Costa leva-lhe uma caixa de pensos de nicotina para ele deixar de fumar. Para os atletas do Benfica, dá-lhes mais força para que continuem a fazer-me a mim e mais 5.999.999 Benfiquistas felizes. Aos Bloguistas da magnífica Gloriosoesfera, faz com que tenham um óptimo Natal, assim como aos leitores deste Blogue. Por último se for possível arranja ai forma de eu ter possibilidade de ir mais uma vez à Catedral este ano, ver o Benfica, arrepiar-me e soltar umas lágrimas! Obrigado Pai Natal! PS: Já me esquecia de pedir 40kg de posta à mirandesa para a águia.” 

Depois de ler todas as cartas o Pai Natal guardou-as na gaveta correspondente, tapou a caneta, arrumou a secretária, despiu o fato, vestiu a sua roupa casual e saiu para a rua o Manuel Joaquim de 30 anos, trabalhador por conta de outrem. O patrão ainda o chamou para cumprir mais 30min obrigatórios, afinal ainda havia mais cartas. Manel Quim como era conhecido pelos amigos, disse que isso dos 30 min. era só para o ano e seguiu caminho rumo ao supermercado, ainda lhe faltava comprar o bacalhau e a garrafa de vinho do Porto.